Eu sei que todo mundo, um dia na vida, já ouviu falar de grandes escritores brasileiros como Machado de Assis, Clarice Lispector, Pedro Bandeira, Carlos Drummond De Andrade, entre tantos outros que desde pequenos ouvimos nas aulas de Português. Eu, como uma Itabirana, ouvi bastante de Carlos Drummond, pois foi aqui, em Itabira, que ele nasceu.
Mas... E os livros atuais? E os YA (Young-Adult)? E os livros adolescentes?? Onde estão nossas versões brasileiras de livros que abrangem os adolescente, que serão o futuro do Brasil? Eles estão por ai. Mas você vai me perguntar: "Como?? Aonde? Eu nunca vi". Sim, eles estão por ai, muitos maravilhosos, muitos com uma historia esperando para ser lida. O que está acontecendo com a nova literatura brasileira é que está sendo ofuscada pelos grandes best-sellers estrangeiros, em sua maioria, Americanos.
E eu que fico procurando novidades o mais rápido possível, vejo a luta dos novos escritores brasileiros para entrar no mercado. Mas é QUASE impossível, pois os adolescentes adoram o que vem de fora. E o orgulho nacional? Onde está ele? Onde está a vontade de deixar marcado que é brasileiro?? Não é só o futebol que vai proporcionar isso não. São tantas coisas que é impossível citar todas, mas o que é importante é que a nossa Literatura também é uma dessas coisas incríveis. Eu posso não ser uma expert em literatura brasileira, mas conheço coisas suficientes para mostrar o quanto o Brasil é capaz.
O mais comentado atualmente é A Batalha do Apocalipse. Escrito por Eduardo Spohr, escritor, jornalista, blogueiro e professor da Faculdade Helio Alonso do Rio De Janeiro, o livro conta com um dos temas mais adorados ultimamente, Anjos. E Apocalipse claro. O livro conta as varias etapas que a humanidade e os anjos passaram para chegar até o momento final.
Eduardo Spohr e seu livro é um exemplo da dificuldade de ser escritor no Brasil. O cara, primeiramente, tentou em algumas editoras, por mais de um ano, publicar o seu livro. Mas era tão difícil que reuniu com alguns amigos e resolveu criar um selo próprio e vender seu livro. Deu mais que certo, mais de 4000 livros foram vendidos. E depois disso foi relançado mais uma vez pela Versus Livros e agora está prestes a ser relançado - de novo - pela Record. Sim! A Record, uma das maiores editoras de todo esse Brasil. Não é a toa que esse livro está se mostrando mais que um best-seller.
Mais um livro que é bastante desejado ultimamente é Rudamon, escrito por outro brasileiro, o Demetrio Alexandre Guimarães, o livro teve uma jornada parecida com o de Eduardo Spohr. Com um pouco mais de sorte, Demetrio conseguiu que seu livro fosse lançado pela Livre Expressão, uma editora pequena, quase independente e teve bastante vendas, mas não mais que A Batalha do Apocalipse. Eu tive a sorte de ser contemplada por um exemplar desse livro. O autor sorteou alguns livros para seus amigos no skoob e eu fui um dos sortudos.
O livro é bem legal, conta com a mitologia Egípcia, mais uma da que admiro muito mas prefiro a grega. Eu não vou dizer que o livro foi incrível, muito menos que foi um horror. Mas foi quase isso. Por ser de uma editora menor, o livro não é lá grande coisa. Cheio de erros de escrita. Se eu não fosse mestre em driblar esses errinhos eu acho que ficaria puta da vida. A historia em si foi ótima, mas o autor não é lá maravilhas, até achei legal, mas ficou bem estranho.
Só que mesmo que o livro não é lá essas coisas, eu apoio e muito a literatura brasileira. E esse é um livro que tá progredindo mesmo. O autor criou um selo tipo a Marvel Americana, que vai fazer um filme do livro para 2015. Esse é mesmo um livro estilo heróis americanos, mas com um toque bem brasileiro. O autor também vai relançar o livro no próximo ano, mas continua a fazer mistério para dizer qual será a Editora. Espero que melhore os erros de português.
Por Favor, Não Deixem a Dor Regressar, é sem duvida o livro mais tocante que encontrei ultimamente. Por ser o livro mais perto da realidade de todos que encontrei ultimamente ele dá aquela vontade estranha de ler. O autor Darlan Hayek Soares foi diretamente no meu skoob para pedir que eu conhecesse sua obra. E por sorte, uns dois dias atrás eu li uma entrevista que ele fez com o blog Entre Fatos & Livros e já conhecia um pouco sobre a obra dele.
Ele traz a tona a historia de um homem que é quase escravizado e a pedido do patrão vai a um orfanato de São Paulo e sem querer conhece uma garotinha, com quem cria um laço muito forte. Mas sem querer, ele descobre ações nazistas na capital e o mais tenebroso, um Campo de Concentração, como aqueles de Hitler na secunda Guerra Mundial. Triste não é? Mas a mensagem que ele quer mostrar é verdadeira. Ainda existe pessoas que cultivam as ideias nazistas no mundo. Eu lembrei de um livro que li recentemente, Anjo da Morte de Pedro Bandeira (outro autor brasileiro que amo de paixão), e que trás a mesma mensagem.
Eu espero poder ler esse livro sim, mesmo que seja difícil para mim, pois sou de menor, não trabalho, não sou rica e nem posso ficar comprando tudo pela frente. Bem, é claro que desejo transpassar essa barreira e conseguir ler livros assim, e mais ainda, divulgar a literatura brasileira.
Sabe aqueles livros que se você não ler enlouquece? Cira e o Velho é um desses. Se eu não soubesse desde sempre que esse foi um livro escrito por um autor brasileiro eu acharia que era um desses livros infanto-juvenil escrito por escritores americanos. Mas o livro é completamente brasileiro. Suas lendas, seu folclore, seus lugares, totalmente tupiniquim. O autor Walter Tierno escreveu, ilustrou o livro e a capa e pesquisou tudo sobre o nosso Brasil e suas lendas para trazer a vida Cira e o Velho.
Muitas vezes, uma resenha só que seja é o suficiente para eu me apaixonar por um livro. Como Cira e o Velho. Eu espero muito, mas muito mesmo conseguir esse livro. Pois ele conta com toda a cultura brasileira. A sinopse conquista fácil, e a capa mais ainda. Walter fez um grande trabalho com ela.
Ai estão apenas 4 exemplos de livros brasileiros que merecem prestigios. Esses entre tantos outros ficam escondidos nos fundos das livrarias, esperando o dia que alguém que ler blogs como o meu, que apoia a escrita brasileira, verá os livros lá. Eu apenas espero o dia em que no mínimo, 30% das nossas estantes sejam ocupadas por livros brasileiros. Enquanto isso, eu faço a minha parte, divulgando o que é nosso e é bom.
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